Tropa de Elite 2

05/11/2010 01:27

Titulo: Tropa de Elite 2
Ano: 2010
Direção: José Padilha
Roteiro: José Padilha, Bráulio Mantovani
Gênero: Policial
Origem: Brasil
Duração: 116 minutos
Tipo: Longa-metragem

Sinopse:  2010. Nascimento enfrenta um novo inimigo: as milícias. Ao bater de frente com o sistema que domina o Rio de Janeiro, ele descobre que o problema é muito maior do que imaginava. E não é só. Ele precisa equilibrar o desafio de pacificar uma cidade ocupada pelo crime com as constantes preocupações com o filho adolescente.

 

“Tropa de Elite 2” já é filme brasileiro mais visto em 30 anos

“Tropa de Elite 2 – O Inimigo Agora é Outro”, de José Padilha, já é o filme brasileiro mais visto em 30 anos. Desde que dados oficiais de bilheteria começaram a ser coletados, em 1970, o longa só perde para “Dona Flor e seus Dois Maridos” (1975), de Bruno Barreto, que levou mais de R$ 10 milhões de pessoas ao cinema. Na última semana, ao elevar seu público a 7,2 milhões, “Tropa de Elite 2” ultrapassou o drama erótico “A Dama da Lotação”, de 1978. Outra marca quebrada pelo filme da Zazen é como filme mais visto nos cinemas em 2010, ultrapassando “Shrek 4”. O longa também está chegando aos R$ 70 milhões de renda.

 

Nenhuma das estréias da semana chegou perto de “Tropa de Elite 2”. “Garfield – Um Super-Herói Animal” foi quem chegou mais perto, na 3ª posição, com pouco mais de 10% do público – foram 76 mil pagantes -, atrás ainda de “Atividade Paranormal 2”, em 2º. Outra estréia estrangeira foi “Atração Perigosa”, segunda incursão de Bem Affleck por trás das câmeras, em 9º, com 37 mil espectadores. Dois filmes nacionais também chegaram em cartaz: “A Suprema Felicidade”, volta de Arnaldo Jabor aos cinema depois de mais de vinte anos, em 5º. O longa, que poderia ter rendido mais, levou pouco mais de 60 mil de público. “Federal”, de Erik Castro, tem sido há anos adiado. O policial brasiliense, comparado a “Tropa de Elite”, teve quase 30 mil, em 10º.

 

Completam a lista “Comer, Rezar, Amar”, em 4º, “Juntos pelo Acaso”, em 6º, “Gente Grande”, em 7º, e “A Lenda dos Guardiões”, em 8º


Da revista de Cinema

 

Em breve critica e comentários ao filme.

 

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Tópico: Tropa de Elite 2

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TROPA DE ELITE 02

Tropa de Elite 02 – Um debate sobre a violência urbana e corrupção no Brasil

“O Filme Tropa de Elite 2” em exibição nos Cinemas pretende ampliar o debate sobre o problema da violência urbana no Brasil. Contendo cenas que retratam uma “Guerra Civil” na declarada na Cidade do Rio de Janeiro nos dias atuais o filme aponta para as possíveis conexões entre violência policial, política, tráfico de drogas, mídia e o modo como a população absorve às medidas adotadas pela polícia (BOPE) para controlar a violência dos traficantes. Trazendo um debate atual da questão da segurança pública o filme aponta para questões polêmicas tais como: direitos humanos, tortura, extermínio, corrupção, tráfico de influência e assassinatos. Interessante ainda é perceber certa dose de niilismo do diretor do filme ao não apontar saídas possíveis para superação deste sistema baseado na corrupção. Logo o filme sustenta a tese de que o problema é bastante complexo e difícil de ser solucionado em virtude do poder paralelo que estaria presente em todos os lugares da vida pública e da sociedade de um modo geral. Essa idéia é visível na própria figura do Capitão Nascimento quando este passa a enxergar que o problema não se restringe ao traficante do morro, mas ao sistema de segurança pública do Rio de Janeiro e suas conexões com políticos, milicianos e integrantes da mídia. Cada personagem é na verdade uma caricatura dos atores sociais da vida real ajudando a compor toda a trama do filme. Creio que o “Tropa de Elite 2” é uma continuação do “Tropa de Elite 1” ao buscar centrar na temática da violência urbana, porém expondo de forma abrangente as redes patrocinadoras desta mesma violência que se desloca da figura do traficante dos morros para pessoas poderosas e influentes que ocupam posições estratégicas dentro do Estado. Sugiro que assistam ao filme e tirem suas próprias considerações sobre as polêmicas que tal obra de arte possa suscitar no nosso imaginário marcado pela selvageria e brutalidade tão recorrentes no nosso cotidiano.

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